quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Colecção da Vitoria's Secret

O paraíso! Só há ali uma ou duas que não se enquadram no meu corpo perfeito, de resto MINHA NOSSA!!!!!!!!!!!! Estou completamente parvo.
Vídeo:

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Depois de uma separação

"Roubei" um texto e adaptei-o à minha realidade, 80% dele muito familiar à minha realidade! O autor do original é o "bagaço" e o seu não compreendo as mulheres.

A verdade da mentira

Depois da minha separação (fim de namoro) fui-me habituando à mentira que me dizia que eu estava sozinho, como se a única fuga desta vida à solidão pudesse ser uma mulher a quem se chame isso mesmo. Não é, e disso me apercebi ao mesmo tempo que os meus novos hábitos e comportamentos se me tornavam familiares.

Coisas tão simples como telefonar às dez da noite a um amigo para o convidar a sair para uns canecos, ir à última sessão de um filme qualquer durante a semana ou simplesmente desaparecer uns dias sem dizer nada a ninguém.

Das mulheres que me tangeram esses dias, lembro-me que me incomodava a forma como trituravam subtilmente esses meus novos hábitos. Afinal estar separado não era assim tão mau e passei para a fase da despreocupação com a minha vida emocional.

A vida emocional, para quem não sabe, não é o amor que sentimos pelo outro nem o egoísmo que nos habita dia a dia. É a verdade que resta daquilo que é mentira, mesmo quando toda a nossa vida é uma grande mentira. E é por isso, só por isso, que mesmo despreocupados nos podemos voltar a apaixonar.

Há dias, um amigo recentemente divorciado, disse-me que a maior vantagem do divórcio dele era que nunca mais tornava a passar pela mesma dor. Mesmo que um dia se apaixone de novo e a mulher o deixe, tudo o que vai sentir são apenas resíduos do que sente actualmente. Assenti compreendendo-o, mas também pensei que ele não é capaz de se apaixonar ainda. E não o é por um motivo muito simples: ainda acha que não é capaz de sofrer por uma mulher como sofreu pela primeira. É a verdade dele, dentro da mentira que é a sua vida neste preciso momento.

Não me digam nunca que o amor é uma coisa bonita. Não é. O Amor é apenas o nosso egoísmo no seu auge, e se eu hoje quero que a dita seja feliz é porque isso me faz feliz a mim. Mais nada. E na verdade, se alguma vez pensei que nunca na vida poderia sofrer como sofri na minha primeira separação, enganei-me redondamente. Posso sofrer mais ainda, e foi ela que me ensinou isso.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As quatro coisas que não voltam para trás

A pedra atirada; a palavra dita; a ocasião perdida; o tempo passado!

    sábado, 4 de dezembro de 2010

    "The beauty of a woman is not in the clothes she wears, the figure that she carries, or the way she combs her hair. The beauty of a woman must be seen from her eyes because that is the doorway to her heart, the place where love resides."

    Yeah right and this is because one person attracts me, a lot!

    sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

    Reencontro-a na casa de uma avó que já partiu, entra na sala e fico atónico, apesar de estar acompanhado, volta a sair da sala e vai ao frigorífico, o desejo de me levantar da cadeira é imenso...e sim levanto, chego à cozinha e vou na sua direcção, paro à sua frente, ela olha para mim e abraço-a como não houvesse amanhã. Vestida com uma blusa e uma saia de cabedal, calçados uns sapatos de balet.

    Eu tremo tremo tremo durante o abraço, ela com a sua voz suave diz-me para me acalmar que está tudo bem.

    Propomos fazer um brinde, vou ao frigorífico e não havia lá nada de especial, um xarope, uma outra coisa qualquer...até que...
    ...................
    ...................
    Acordo deste sonho e vejo que já são horas de ir trabalhar!

    domingo, 7 de novembro de 2010

    Frescura das Novidades

    "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." por Fernando Pessoa.

    A mais plena verdade, que define a realidade apesar de podermos considerar de forma fria.
    Assim aconteceu comigo em tempos, uma mudança de 180 graus que me permitiu alcançar o que hoje sou e o que tenho. Nada como a frescura das novidades! :)

    sábado, 6 de novembro de 2010

    No words, simply amazing!



    Where are we? What the hell is going on?
    The dust has only just begun to form,
    Crop circles in the carpet, sinking, feeling.
    Spin me round again and rub my eyes.
    This can't be happening.
    When busy streets a mess with people
    would stop to hold their heads heavy.

    Hide and seek.
    Trains and sewing machines.
    All those years they were here first.

    Oily marks appear on walls
    Where pleasure moments hung before.
    The takeover, the sweeping insensitivity of this
    still life.

    Hide and seek.
    Trains and sewing machines. (Oh, you won't catch me around here)
    Blood and tears,
    They were here first.

    Mmm, what you say?
    Mm, that you only meant well? Well, of course you did.
    Mmm, what you say?
    Mm, that it's all for the best? Ah of course it is.
    Mmm, what you say?
    Mm, that it's just what we need? And you decided this.
    Mmm what you say?
    What did she say?

    Ransom notes keep falling out your mouth.
    Mid-sweet talk, newspaper word cut-outs.
    Speak no feeling, no I dont believe you.
    You don't care a bit. You don't care a bit.

    Ransom notes keep falling out your mouth.
    Mid-sweet talk, newspaper word cut-outs.
    Speak no feeling, no I don't believe you.
    You don't care a bit. You don't care a bit.

    You don't care a bit.
    You don't care a bit.
    You don't care a bit.
    You don't care a bit.
    You don't care a bit.

    segunda-feira, 1 de novembro de 2010

    Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

    Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

    O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

    Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

    Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
    Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

    O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

    O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

    O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
    Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

    Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'

    sábado, 4 de setembro de 2010

    E quando menos se espera...

    ...um turbilhão de sentimentos invade o nosso corpo, causando arrepios e vontades que são contrapostas com a força da razão e que o esforço da negação é traduzido em "espasmos".

    Bastou ver e ouvir tamanho dueto:

    quinta-feira, 19 de agosto de 2010

    A pior tristeza é sentir saudades dos momentos que um dia nos fizeram felizes e ter a sensação que por algum motivo eles não voltarão a acontecer...

    Mas a felicidade é efémera...o resto limita-se a ser a vida...e não...não voltam a acontecer... esses, são passado...no entanto outros virão, dos quais também terei saudades...é um ciclo vicioso, mas significa uma coisa: estou vivo!

    quinta-feira, 29 de julho de 2010

    "No dia em que ele me cantar isto, eu caso-me" - by belota

    Num outro blog li isto que até me ri, é pena que muitas vezes as coisas não sejam propriamente como em filmes e a música a seguir apresentada é tipicamente de "final feliz" mas...
    A seguir o conteúdo do post do outro blog:



    "Pode ser a música mais gay, bimba, pirosa, o que quiserem. Mas no dia em que ele me cantar isto, eu caso-me. Também me pode levar a Londres ao musical e sussurrar baixinho durante a canção. Eu não sou esquisita e até gosto de andar por aí a passear. Juro que me caso. Agora resta saber quem "ele" é. Mas isso é só um pormenor." by Belota

    domingo, 30 de maio de 2010

    Flores, ilhas, amores

    No livro "Uma nova visão do amor", o psicólogo Flávio Gikovate afirma que o medo de se entregar à felicidade e a fantasia de um relacionamento amoroso cheio de romantismo são os principais obstáculos de quem não consegue estabelecer vínculos amorosos mais estáveis.

    Isto é uma verdade que não se pode contrariar! Hoje dou imenso valor a tal afirmação e hoje entregaria-me de um modo especial a alguém que me desse o "click".
    Não posso dar prioridade a uma pessoa que me é muito querida, que é magnifica, que faz tudo por mim, que luta muito por mim, que me transmite segurança, que me diz coisas lindíssimas mas que não dá nem nunca deu "click", as coisas propiciaram-se a factos mas nunca aconteceu o que aconteceu outrora, uma luta da minha parte por alcançar o tão desejado amor.

    Obviamente que o amor não se alcança de um dia para outro, é cultivado...mas lá está, mesmo após 6 meses não há nem um caule, existe uma raiz que não cresce e que tende a ficar na terra morta.
    Muito menos cresce quando atrás de mim está aquela flor esplêndida que outrora foi cultivada. Ainda sobre esta: desde inicio lá estava a raiz, passadas 2 semanas o caule e logo as folhas e passados 5 meses a flor desabrochou, durante mais 5 anos! Foi uma flor que nunca murchou, nem mesmo após ver algo que nunca tinha visto, atrás de mim e onde alguém a colheu...mas o cheiro fez-me olhar para trás e vê-la, lindíssima, magnifica, bela, elegante, porém apenas com um leve aroma no ar que pude inalar e pelas veias atingir o coração como se uma faca tratasse.

    "Todos os pensamentos inteligentes já foram pensados; é preciso apenas tentar repensá-los." Seria possível repensar pois claro, se a pessoa a quem daria prioridade me considera apenas uma opção. Os meios banais para atingir um fim poderão não ser correctos, decerto que todos concordamos em que certos comportamentos e palavras caem sempre bem mas existem formas para alcançar objectivos de um modo inovador, que está directamente associado à palavra: diferente!
    Sou assim mesmo, diferente de tudo e de todos, hoje com muitas certezas na vida e com um caminho profissional delineado mas sem um rumo nem leme a nível de alma-gémea.

    Para mim amor só há um, o romântico! Na sociedade moderna apelida-se um amor pelo carácter, amizade e sexualidade...para mim isto é cliché que ouço muitas vezes MAS santa paciência, o verdadeiro amor não é isto, é indecifrável pela escrita mas é sentido pelas partes em certos momentos, atitudes e palavras.
    Nesta mesma sociedade o individualismo é ponto assente, existem sempre duas unidades e nunca uma só, a junção das duas pessoas já não é encarada como antes. Existe o medo da perda da individualidade, o medo da felicidade e o medo de eventuais sofrimentos relacionados com a perda da(o) parceira(o) especial!

    Cá vagueio pelas águas turbulentas dos sentimentos, sem que o barco consiga atracar no porto certo, sem conseguir sequer vislumbrar uma nova ilha onde possa atracar e cultivar, apenas encontrei uma que me deu refúgio temporário e um dia partirei de novo.

    A virtude do amor é a sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.

    Por último: apaixone-se sempre...mas ame sinceramente!

    sexta-feira, 30 de abril de 2010

    Como nos filmes

    Ninguém é obrigado a ficar com quem não gosta apenas porque sim, porque não quer morrer solteiro e rodeado de gatos. Eu recuso conter-me com menos do que um grande amor.

    sábado, 24 de abril de 2010

    Parabéns

    Sem muito dizer, parabéns!

    domingo, 7 de março de 2010

    Existem perguntas...

    ...que nos deixam completamente sem palavras!
    Faz hoje 3 dias em que me fizeram uma pergunta completamente descabida de tudo e de todos.

    Um café combinado, uma entrada no carro estranha, uma permanência ao meu lado calada e sem atitude, ok, algo se passava.
    Mulher que é mulher diz sempre: "não é nada". Pode estar de rastos, pode chorar, pode estar pronta a nos dar uma carga de porrada, podem estar como estejam que nunca se passa nada. Como não estava com paciência deixei andar...

    No dia seguinte trabalhava-se e então toca a ir para casa. Altura em que ela confessou que estava a tentar ganhar coragem para uma pergunta. Já passado dos "carretos" até fui rude ao "obrigar" a fazer o raio da pergunta ao que sai uma coisa tão, mas tão, mas tão "nada a ver"!
    Como resposta perguntei se lhe tinham metido minhocas na cabeça mas a resposta foi negativa. Olha a recuperar o passado...carambas...


    Contudo
    "Amei-te de uma forma desajeitada, arrebatadora e incondicional, sempre querendo e desejando o melhor por ti. O melhor só tu mesmo poderás encontrar e hoje estou certo que não passa por mim.
    Não é a dor da rejeição que me massacra, é a dor de saber que nada poderá sobr...ar deste amor. Que a amizade não tem espaço nem voz entre duas pessoas que desconfiam uma da outra com a facilidade de um inquisidor contratado a soldo."

    segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

    Eu não sei quem te perdeu

    Após a queda do Pedro Abrunhosa no Ídolos gerou-se um buzz, quer no Facebook, quer no Youtube.
    Fiquei curioso e vi o vídeo do inédito acontecimento, que também podem ver clicando aqui.

    Já que estava numa de Pedro vamos lá ouvir canções, começo por clicar no primeiro vídeo relacionado com o PA (Pedro Abrunhosa), sem relacionar o título do vídeo à música que viria a ouvir.
    O vídeo:




    Em completo silêncio e arrepiado, nostálgico e sem palavras, relembrei o ano de 2005 na Queima das Fitas do Porto, abraçado ao amor da minha vida, rodeados por milhares de pessoas, a cantar em uníssono esta fantástica música, a baloiçar com a melodia e a pensar na pessoa que tinha entre os braços e a sonhar com um futuro lado-a-lado.

    Incrível como passados tantos anos de certos acontecimentos basta uma música, uma só música para viver uma realidade que parece que aconteceu ontem, parece que a sinto entre os meus braços, o seu calor, o seu cabelo perto da minha boca, os meus braços a abraçar o seu corpo com um entrelaçar de mãos na sua barriga, os dois a olhar para o palco...

    E assim vivo, com saudades mas com a certeza de que vivi um grande amor, agora resta lutar por um semelhante.

    Eu não sei quem te perdeu

    Quando veio,
    Mostrou-me as mãos vazias,
    As mãos como os meus dias,
    Tão leves e banais.
    E pediu-me
    Que lhe levasse o medo,
    Eu disse-lhe um segredo:
    "Não partas nunca mais".

    E dançou,
    Rodou no chão molhado,
    Num beijo apertado
    De barco contra o cais.

    E uma asa voa
    A cada beijo teu,
    Esta noite
    Sou dono do céu,
    E eu não sei quem te perdeu.

    Abraçou-me
    Como se abraça o tempo,
    A vida num momento
    Em gestos nunca iguais.
    E parou,
    Cantou contra o meu peito,
    Num beijo imperfeito
    Roubado nos umbrais.

    E partiu,
    Sem me dizer o nome,
    Levando-me o perfume
    De tantas noites mais.

    E uma asa voa
    A cada beijo teu,
    Esta noite
    Sou dono do céu,
    E eu não sei quem te perdeu.

    segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

    Uma imagem...muitos sentimentos


    Mas como é que uma simples imagem pode despoletar choro, nostalgia, saudade, carência, desejos e sonhos?

    É incrível como depois de tanto tempo sem imaginar nada, sem pensar como antes, as coisas surgem assim do nada e sente-se como se tudo tivesse ocorrido ontem!

    Para começas uma ida a um shopping com a minha nova pessoa especial, muitas pessoas nesta época de saldos, umas compritas...tudo bem até eu vislumbrar uma silhueta de costas tão mas tão parecida com uma pessoa de outrora, que deixei de falar durante um espaço de tempo, fiquei com o sangue todo nos pés, as pernas tremeram e o coração aqueceu de uma forma estúpida! Ao passar por ela não consegui resistir a olhar mas não era A tal, era uma simples rapariga que por lá andava. Interessante foi o que ela deve ter pensado, não consegui mesmo resistir ao olhar penetrante com que lhe devo ter atingido.

    Tudo bem até agora, até ao momento que penso: “bom, vou ligar o despertador nos dois telemóveis para ter a certeza que acordo”, tenho compromissos importantes logo bem de manhã. O PDA ligado, tudo ok, ligo o velhinho e que serve para sms e chamadas profissionais, vou ao menu mas entrei nas imagens sem querer. Caro leitor(a), eu já não navegava pelas imagens há uns 2 anos, sem exagero! Nunca imaginaria que ainda tinha o meu passado ali, exposto numa memória que no passado serviu para registar coisas fabulosas mas que hoje só me trás choro, nostalgia, saudade, carência, desejos e sonhos! A primeira imagem provocou uma avalanche de sentimentos e pior foi quando não resisti e me interroguei se realmente tinha ali todas aquelas fotos que estava a recordar no pensamento…resultado, vi-as todas e comprovei que realmente tinha tudo!

    Vi e revi-as. Sem mais demoras passei-as por bluetooth para o PDA e por conseguinte sincronizei com o computador.
    Neste momento escrevo isto já com as imagens numa pasta bem guardada, são recordações, apenas e só, mas muito boas recordações!