segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sinto sozinho (e não sinto-me sozinho)


Mesmo tendo a certeza que há, agora, quem me leia, é estranho como ainda me sinto na mesma e como, havendo onde me ocupar, sinta ainda esta necessidade de procurar outras coisas mais.
Não há descanso para esta sensação de solidão…a não ser quando me apego por alguns instantes a marcos na minha vida. E ela é um. De certeza, porque me faz sentir bem.
E porque onde quer que escreva, terei sempre que explanar a minha devoção a esta que é a musas das musas: a doce, meiga, sensível, compreensiva, frágil e expressiva...

Quando a voz de um amigo se cala, o nosso coração continua a ouvir o seu coração, porque tanto na amizade como no amor, todos os desejos, ideias, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa. Quando nos separamos, não devemos desesperar, pois o que amamos nela se pode tornar mais claro na sua ausência.

Uma solidão que nos ajuda, que nos mostra aquilo que queremos, aquilo que sentimos é uma solidão sim, mas uma solidão que ao contrário de muitas nos faz bem.
Uma solidão em que sem criticas, sem receios, sem medos, ou até mesmo mágoas, pensamos em nós, em quem amamos e em quem nos rodeia, com doçura, com o sentimento de querer mais, de poder fazer mais.
Uma solidão em que recordamos tudo, o bom o mau, em que vimos as nossas conquistas, derrotas, sonhos..
Uma solidão que nos mostra quem somos e o queremos.
Uma solidão que todos temos e precisamos dela.
Uma solidão tão nossa e tão intima que ninguém pode entrar.

Existe uma rosa na vida de todas as pessoas, que sempre vai dar bem-me-quer, não importa quantas pétalas tu arranques. Esta rosa, que não tem espinhos e é da mesma cor da tua alma, murcha quando entristeces e floresces com as tuas piadas e risos. E o perfume, ah, o perfume...
Ele impregna na memória, pára e reacende em cada colo, cada carinho, enfim, cada gesto de AMOR da tua vida.



(um dia destes recebes uma mensagem, seja email, pessoalmente ou sms...mas que vais receber vais)


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