quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ilusões


Significado segundo o dicionário:
  • engano dos sentidos ou da inteligência;
  • errada interpretação de um facto;
  • pensamento quimérico;
  • coisa efémera;
  • utopia;
  • fantasia;
  • efeito artístico que produz ou procura produzir a impressão da realidade.

Pois é, vivemos numa boa até sentir algo, até nos apercebermos do quanto precisamos de certa pessoa. É fácil iludir por momentos, por algum tempo...mas acabamos sempre por voltar à estaca zero. Acontece a todos, aconteceu a mim.
Começo a pensar que o que tem de ser tem muita força, já me disseram isto muitas vezes mas sinceramente não tenho tido pachorra para pensar nestes assuntos do íntimo, vivo a alegria com uma certa percentagem, falta a restante e para isso não é com ilusões que a alcançamos, podemos pensar que sim mas não é, acabamos por cair na realidade, bem diferente da ilusão. A descrição do termo acima citada diz tudo, acho que não é preciso muito para me perceberem.

Hoje em dia começo a pensar em muita coisa, mais que durante muito tempo atrás e uma das coisas é o que li em tempos no livro Alquimista: "Maktub". Não só pelas várias passagens da vida mas sim pelo sentimento que jaz no meu interior.
Este livro foi um objecto precioso em certa fase da minha vida, hoje recordo-o com satisfação, em tudo o que transmite, nas palavras e nos símbolos, invocando que alguém acabou de encontrar uma forma de conversar consigo mesmo, de ouvir o seu coração, a aprender que no silêncio de nós mesmos podemos entender muitas coisas que o nosso coração nos quer dizer. E no final do livro, Santiago entende que teve que passar por todo aquele caminho para depois descobrir que o seu tesouro estava no lugar de onde havia partido, pois durante o percurso que fez aprendeu muitas coisas e construiu a sua identidade, passou por experiências que lhe serviram para a formação de uma nova maneira de pensar e de lidar com o mundo. O livro mostra-nos que às vezes precisamos de passar por momentos difíceis, que no momento podem ser entendidos como maus ou sem importância, para que no fim possamos entender que todas essas experiências serviram para moldar a nossa identidade.

Sabem de uma coisa, ando-me a identificar de certa forma com Santiago, pelo que tenho passado e vivido, muito intensamente e noto e notam uma grande diferença na minha personalidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um livro é por natureza uma fonte de saber, esse livro, "o Alquimista" é mais do que isso, é uma chave...para quê? Leiam, absorvam e tirem a vossa própria conclusão.
E depois re-leiam, porque cada vez que o lerem encontraram mais uma uma revelação e um caminho para um ponto mais elevado. Tu também, Diogo...